domingo, 13 de novembro de 2011

Artefatos Indígenas no Pavilhão das Culturas Brasileiras em São Paulo

A exposição Artefatos Indígenas reúne 270 peças recentemente adquiridas para integrar o acervo do Pavilhão das Culturas Brasileiras, em São Paulo. No acervo há 30 desenhos sobre papel que mostram a riqueza da arte gráfica Wajãpi, reconhecida pela UNESCO como patrimônio imaterial da humanidade.

A mostra é dividida em módulos que evidenciam a obra de 12 povos indígenas da Amazônia, dos Estados do Amapá, Pará e Mato Grosso: Wajãpi, Galibi, Palikur, Karipuna, Galibi-Maworno, Tiriyó, Kaxuyana, Wayana, Aparai, Asurini, Kayapó e Kayapó Xikrin.

Algumas peças usam materiais atuais, como miçangas, botões e canudos plásticos, ou desenhos sobre papel feitos com caneta hidrográfica, e mesmo objetos para o público não indígena como por exemplo, a diadema Kayapó (primeira foto). As plumas foram substituídas pelos canudos plásticos, mas mantêm o esquema de cores tradicionais com plumas de arara vermelhas mais longas no centro.
Clique nas fotos para ampliar.

Cocar de canudo, do povo Kayapó, do Mato Grosso O Kayeb, cobra cosmológica para o povo Palicur, do Amapá O barco da constelação, dos Palicur, do Amapá Banco de pajé em forma de pássaro, do povo Galibi Marworno, do Amapá Kusiwá (arte gráfica Wajãpi), dos Wajãpi, Amapá. Roda de teto de casa comunitária, dos povos Wayana e Aparai, do Amapá Colar de criança, do povo indígena Kayapó, do Pará e do Mato Grosso Cocar de plumas de arara, dos Kaiapó Metuktire, do Mato Grosso

Curiosidade: de acordo com a legislação brasileira os indígenas têm o direito de caçar a fauna silvestre com fins exclusivos de alimentação e confecção de objetos cerimoniais, mas peças com produtos ou sub-produtos da fauna silvestre, categoria onde entram os objetos plumários, não podem ser comercializadas. A proibição está em vigor desde 1998, e só abre exceções para a pesquisa acadêmica e a preservação em museus.

ArteFatos Indígenas
Até 08 de janeiro de 2012
De terça a domingo, das 9h às 18h. Entrada até as 17h

Pavilhão das Culturas Brasileiras

Parque do Ibirapuera (antigo prédio da Prodam)
Rua Pedro Álvares Cabral, s/ nº
04094-000 – São Paulo – SP
Telefone (11) 5083 0199


fonte Babel das Artes

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Complexo do Juquery deve ter museu aberto ao público

SÃO PAULO - Além do projeto de lançar uma universidade nos 15 mil metros quadrados do Complexo Hospitalar do Juquery, em Franco da Rocha, o governo do Estado estuda criar no local parque e museus, usando os acervos do Museu Osório César e do Museu de Estudo do Cérebro, hoje fechados para o público.
O ministro Fernando Haddad (Educação), pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, e o secretário estadual Edson Aparecido (Desenvolvimento Metropolitano) vistoriaram hoje o complexo, onde pretendem construir uma universidade federal, resultado de parceria entre o Palácio do Planalto e o Palácio dos Bandeirantes.
O Museu Osório César, cujo nome presta uma homenagem ao psiquiatra paraibano que trabalhou por lá, tem mais de 8 mil obras de arte, entre telas e esculturas dos pacientes-artistas. Há trabalhos de Aurora Cursino dos Santos e Ubirajara Ferreira Braga, que acabam sendo exibidos apenas quando há solicitações de curadores para exposições em outros museus. Consta do acervo também a carta do pai da psicanálise, Sigmund Freud, ao fundador do complexo, o psiquiatra Francisco Franco da Rocha, na primeira metade do século 20.
Entre as peças de valor artístico, havia também um retrato de Osório César, feito por Tarsila do Amaral, de quem era próximo, mas que acabou se perdendo num incêndio em 2005 na biblioteca do local.
A ideia é abrir o acervo para visitação pública na casa que pertenceu a Franco da Rocha, que está entre os 12 prédios históricos do complexo.
No Museu de Estudo do Cérebro, há 14 mil lâminas com material cerebral e órgãos guardados em formol, retirados dos antigos pacientes do Juquery. O material é disponibilizado apenas para consulta de estudantes de medicina.
"O plano diretor do complexo já prevê o uso do espaço para educação, memória e cultura", afirmou Glalco Cyriaco, diretor do Complexo Hospitalar do Juquery. Hoje, o material todo pertence à Secretaria da Saúde e deverá ser repassado para outras pastas, como a da Cultura.

fonte:

Exposição de Escultores Mineiros em Itapeva

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Exposição Sobre Games em SP



(Crédito: Divulgação)
(Crédito: Divulgação)
Entrada custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Evento contará também com um ciclo de palestras e debates relacionados com a área de jogos

Começa nesta quinta-feira (10) a exposição “Game On”, que explora a cultura a história e o futuro dos jogos eletrônicos ao redor do mundo. A mostra, que deve ficar no Museu da Imagem e Som de São Paulo (MIS), contará com mais de 120 jogos para os visitantes experimentarem.


O evento foi criado no Reino Unido e chega ao Brasil pela primeira vez, após rodar por 10 países diferentes. A exposição está dividida em 11 seções que mostram jogos para adultos, para crianças, trilhas sonoras de jogos, história das revistas especializadas em game, entre outros assuntos relacionados.

Entre os jogos antigos expostos no museu estão o Pinball, o Space Wars, Computer Space e Pachinko. Na exposição há também um espaço dedicado aos videogames antigos, produzidos desde o ano de 1972.

O evento contará também com um ciclo de palestras e debates relacionados com a área de jogos. Os especialistas virão do Reino Unido e também de outras partes do Brasil para falar de temas comoroteirização, design, animação de personagens, trilha sonora e inteligência artificial.

O “Game On” deve permanecer no MIS até o dia 8 de janeiro de 2012. A entrada custa R$10 (inteira) e R$ 5 (meia). O museu fica na Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo. O horário da exposição é de Terça a sexta, das 12 às 20h; domingos, sábados e feriados, das 11 às 21h.



Exposição: Lugares Outros

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Exposição "Walter Firmo: um fotógrafo negro" em Barueri

Programa prevê a construção dos museus dos Esportes, de Arte das Américas, da Democracia, da Biodiversidade e da Diversidade Cultural

Representando o Governo Federal, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda apresentou, ontem, ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, aos representantes do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), além dos secretários de Cultura e de Turismo do DF, a proposta do programa Esplanada dos Museus, que consistirá no legado cultural da Copa do Mundo de 2014. Todas as cidades-sede terão seus espaços de cultura revitalizados. Entretanto, Brasília, por ser capital da República, terá algo a mais. A cidade ganhará, até 2014, dois novos museus. Em seguida, mais três serão erguidos. Todos terão gestão compartilhada entre o governo federal e o GDF.

O programa prevê a construção dos museus dos Esportes, de Arte das Américas, da Democracia, da Biodiversidade e da Diversidade Cultural. As obras seguirão o padrão arquitetônico do projeto urbanístico da capital e contarão com salas de exposição e de concertos, livraria, restaurante e estacionamento subterrâneo. A parceria estabelece que o GDF fornecerá os terrenos, enquanto o MinC será responsável pela captação de recursos e pelo estabelecimento de parcerias para a construção das unidades. “Brasília tem uma grande agenda de eventos até 2017 e o campo cultural precisa refletir isso. O GDF e o governo federal estão em sintonia para desenvolver um trabalho perfeitamente harmônico”, destacou o governador Agnelo Queiroz. 

Além da parceria nos cinco novos museus, a gestão do Museu da República também poderá ser compartilhada. “Estamos negociando essa parceria, que permitirá que obras venham de outros estados para serem exibidas no Distrito Federal”, explicou o secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira. Já o secretário de Turismo, Luis Otávio Neves, lembrou algumas cidades que possuem um vasto acervo cultural e acredita que são bons exemplos a serem seguidos. “Entre a Casa Branca (sede do Poder Executivo dos Estados Unidos) e o Capitólio (sede do Legislativo), existem 27 museus que contam a história daquela nação”, lembrou.

Governos, em parceira, estudam áreas que comportarão os museus

Apresentado o projeto, a segunda etapa se incia. O GDF e Ministério da Cultura passam a estudar os espaços, de propriedade do Executivo local, que poderão receber as cinco unidades. O Iphan será consultado sobre a viabilidade da construção do empreendimento em cada ponto. O ministério também se responsabilizou por identificar os acervos disponíveis em órgãos públicos e autarquias da capital – como Palácio do Itamaraty e bancos do Brasil e Central – que possam ser incorporados ou emprestados para exposições itinerantes nos novos espaços. Assim que esses primeiros levantamentos estiverem concluídos, o governador Agnelo Queiroz e a ministra Ana de Hollanda apresentarão o projeto à presidenta Dilma Rousseff, a principal incentivadora do projeto de legado cultural às cidades sede da Copa de 2014.

fonte: técnico em museu 2009 comunidade

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mostra da Fundação das Artes de São Caetano do Sul

Exposição do Museu do Futebol Chega a Araraquara

A Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP), realiza a exposição Olhar com Outro Olhar em Araraquara. A mostra será aberta ao público no dia 10 de novembro no Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria. A itinerância é realizada em parceria com o Museu do Futebol e a prefeitura municipal. A entrada é gratuita.

Em Olhar com Outro Olhar, uma única fotografia de jogo de futebol é apresentada por meio de cinco recursos sensoriais – braile, relevo, alto-contraste, maquete tátil e audiodescrição. O público poderá utilizar as mãos e ouvidos para entender o conteúdo e significado da imagem. Os passos dos visitantes serão conduzidos por um audioguia, que sinalizará o trajeto pelo espaço.

“O Museu do Futebol é um exemplo de como a questão da acessibilidade universal pode ser enfrentada. Levar esta exposição para Araraquara é dar a oportunidade para que pessoas de fora da capital também conheçam esse trabalho”, afirma o secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

De acordo com o curador da exposição, Leonel Kaz, Olhar com Outro Olhar propõe aproximar as diferenças. “Vai mostrar que cegos, surdos ou pessoas com mobilidade reduzida têm um mundo próprio de percepções e sensibilidades. Vale a pena alargar nossos próprios sentidos e experiências de mundo”, afirma.

A mostra também apresenta o universo do futebol de cinco, esporte praticado por pessoas com deficiência visual, em que o Brasil coleciona títulos. A primeira conquista veio com a medalha de ouro na Paraolímpiada de Atenas (2004) e a segunda, em Pequim (2008). 

Em cartaz até janeiro de 2012, a mostra pode ser vista às segundas-feiras, das 13h às 18h, de terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 18h, e aos sábados, das 9h às 12h. O Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria está localizado à praça Pedro de Toledo, s/nº, Centro.  Mais informações pelo telefone (16) 3322- 4887.

A exposição faz parte das ações itinerantes do SISEM-SP que buscam levar a outros públicos, do interior e litoral, conteúdo artístico e cultural antes apenas encontrado na capital.

Museu do Futebol

O Museu Do Futebol é administrado pelo IFB - Instituto da Arte do Futebol Brasileiro, Organização Social de Cultura, entidade jurídica sem fins lucrativos que celebra seu objeto contratual junto à Secretaria do Estado da Cultura. Desenvolve um contrato de gestão que gera e rege o programa de trabalho e prestação de serviços.

Serviço:
Exposição Olhar com Olhar
Abertura:
10/11/2011, às 10h
Período: de 10/11 a 15/1/2012
Local:
Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria (praça Pedro de Toledo, s/nº, Centro – Araraquara/SP)
Horário: de segunda das 13h às 18h, terça a sexta, 9h às 12h e 13h às 18h; aos sábado das 9h às 12h
Informações: (16) 3322-4887

FONTE: Núcleo da Notícia Comunicação Corporativa

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

3º Fórum do Interior Paulista: Artes e Políticas Públicas

Nos dias 17 e 18 de dezembro de 2011, na cidade de Hortolândia, artistas e produtores do interior e litoral, além da grande São Paulo, se encontrarão para debater questões relativas a políticas públicas na área de  cultura.
 Se você é um produtor cultural e reside nestas regiões, inscreva-se para participar:

http://foruminterior.wordpress.com

Nossos objetivos são: radiografar a atual situação do estado nas áreas de  formação, produção e difusão cultural; e apontar direções para uma política pública que garanta continuidade de trabalho aos grupos que atuam fora da capital.
Neste fórum estarão em questão os seguintes temas:
  1. Programas públicos garantidos por lei que permitam a pesquisa continuada de grupos e artistas residentes no interior e litoral do estado;
  2. A equiparação entre os recursos aplicados no PROAC ICMs e PROAC Editais;
  3. A destinação exclusiva de 1/3 dos recursos do PROAC Editais para projetos do interior e litoral do estado;
  4. Avaliação das ações e programas das secretarias  municipais de cultura dos municípios participantes.
O fórum é uma realização artistas, grupos e produtores com apoio da Prefeitura Municipal de Hortolândia, Secretaria de Cultura de Hortolândia e Cooperativa Paulista de Teatro.
Andaime Teatro - Piracicaba
Barracão Teatro - Campinas
Grupo Engasgato - Ribeirão Preto
Circo Teatro Rosa dos Ventos – Presidente Prudente
São Genésio Cia. de Teatro – Hortolândia
Cia. de Teatro Fábrica São Paulo - São Paulo
Cia. Teatral “Ainda Sem Nome” - Ribeirão Preto
Cia. Teatro da Cidade - São José dos Campos
Trupe Olha da Rua - Santos
Grupo Fora do SériO – Ribeirão Preto
Cultura em Movimento – São José dos Campos
Federação Prudentina de Teatro – Presidente Prudente


FONTE: angelo macedo de oliveira

Oficina de Elaboração de Projetos Culturais em Ribeirão Preto

O Pontão de Cultura Sibipiruna oferecerá uma oficina de Elaboração de Projetos Culturais.
Dias: 09 e 10 de novembro
Horário: 18h30 às 22h30
Local: Memorial da Classe Operária - UGT (Rua José Bonifácio, no. 59, Centro) - Ribeirão Preto/SP
Vagas: 15 vagas 
Elaboração de Projetos Culturais
          O curso tem como objetivo oferecer aos participantes noções gerais de produção e gestão de projetos culturais, priorizando os processos de elaboração, execução e pós-produção de projetos culturais. 
Conteúdo programático:
* Elaboração de Projetos Culturais (Concepção, objetivos, justificativa)
* Planejamento Estratégico (Orçamento; cronograma)
* Atividade prática: elaborando o seu projeto
 Oficineira: Daniele Sampaio
            Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP, é produtora do ator Eduardo Okamoto desde 2006, responsável pela  produção dos espetáculosAgora e na Hora de Nossa Hora(2004),Eldorado(2008) - indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator em 2009 - e "Chuva Pasmada" (2010), indicado ao Prêmio CPT 2010 na categoria de Melhor Elenco.
Com esses trabalhos percorreu importantes festivais nacionais (FILO, FIT São José do Rio Preto, Cena Contemporânea de Brasília, Riocenacontemporânea, Caxias em Cena, Floripa Teatro, etc) e internacionais (Suíça, Espanha, Kosovo, Marrocos, Escócia).
Participou de cursos, palestras e seminários com importantes profissionais atuantes na área de produção cultural.
Desde 2009, ministra em parceria com o produtor Pedro de Freitas, da Périplo Produções, o cursoProdução e Gestão para as Artes Cênicas, durante a realização doFeverestival” – Festival Internacional de Teatro de Campinas desde 2009.
Atualmente, além dos trabalhos de Okamoto, presta consultoria em produção e gestão para grupos de teatro.
 
 
FONTE: SISEM / R.A. RIBEIRÃO PRETO

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Seminário Avançado "Políticas Públicas à Cultura no Brasil"

O Celacc estará realizando no próximo sábado, dia 12/11, às 10h, o Seminário Avançado "Políticas Públicas à Cultura no Brasil", com o Prof. Dr. Antonio Albino Canelas Rubim, docente titular do Programa Multidisciplinar do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade e Programa de Artes Cênicas, ambos da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e Presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.

O evento trará o enfoque da implementação, adoção e desafios das Políticas Públicas voltados a área cultural no Brasil, desde a criação e gestão de eventos ao desenvolvimento de políticas públicas de inclusão, até os limiares da Diversidade Cultural.

As inscrições são gratuitas e devem ser confirmadas através do preenchimento do formulário disponível neste link, limitadas a uma inscrição por pessoa.


Fonte:  Técnico em Museu - @museu2009

Jardim Botânico, Natura e CNPq se unem pelo projeto REFLORA

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro mantém, atualmente, um herbário com mais de 500 mil amostras de plantas, recolhidas por pesquisadores desde o século XIX. Porém, uma boa parte de espécies da  flora brasileira foi descrita por pesquisadores estrangeiros, que levaram as amostras para os herbários de seus países de origem. Numa parceria com a empresa de cosméticos Natura e o CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - parte desse material será trazido de volta ao Brasil em formato digital.
A iniciativa faz parte do projeto Plantas do Brasil: Resgate Histórico e Herbário Virtual para a Conservação da Flora Brasileira - REFLORA.

Com o repatriamento, que envolve instituições no Brasil e no exterior, estima-se que podem ser obtidas 500 mil amostras digitais, em três anos. Na parceria com a Natura,as amostras repatriadas pertencem à coleção do Royal Botanic Gardens de Kew, na Inglaterra, e foram recolhidas nos séculos XVIII, XIX e XX, por importantes pesquisadores botânicos, como Spruce, Gardner, Sellow, Glaziou, Pringle, Riedel,

Lehmann, Pohl, Ducke, Bang, Ule, Tweedie, Burchell, Blanchet, Wright, Schomburgk, Jameson, entre outros. O projeto REFLORA, que conta também com recursos federais, da Faperj e da Fapemig, ainda prevê o repatriamento de material que está no Museu Nacional de História Natural de Paris.

Este resgate, esperado há tempos pela comunidade científica, servirá de alicerce para obtenção do conhecimento, uso sustentável e conservação da flora brasileira. Os estudos dessas plantas são fundamentais para futuros avanços científicos e tecnológicos para a ciência botânica no país. Dentre os espécimes a serem digitalizados, os que foram recolhidos antes de 1900 têm especial importância histórica, pois documentam a exploração botânica no Brasil.

De acordo com o CNPq, o Reflora "terá grande impacto na pesquisa botânica nacional, na formação de recursos humanos em taxonomia e facilitará a cooperação internacional entre pesquisadores e estudantes brasileiros e os mais destacados museus e coleções botânicas do mundo", devendo incluir, no futuro, outros herbários da Europa e dos Estados Unidos.

A pesquisadora Rafaela Campostrini Forzza, coordenadora do projeto no Jardim Botânico do Rio, explica que o Reflora também deve possibilitar ao Herbário do JBRJ concluir a digitação dos dados do acervo próprio da instituição e ampliar o número de imagens disponíveis para o público. Da atual coleção do JBRJ, 80% do material já foi informatizado e encontra-se disponível no site www.jbrj.gov.br/jabot. 

Além disso,aproximadamente 19 mil dessas amostras - chamadas tecnicamente de exsicatas - já foram digitalizadas e as imagens estão disponíveis no mesmo endereço. 

O diretor de Pesquisa Científica do JBRJ, Rogério Gribel, considera que a escolha da instituição para a coordenação executiva das atividades de repatriamento e para a construção do Herbário Virtual "é um reconhecimento da qualificação científica dos quadros e da experiência do JBRJ em coordenar projetos de grande escala sobre a diversidade florística brasileira".

"Participar deste projeto reforça nossas crenças e nosso compromisso em transformar desafios socioambientais em oportunidades de aprendizado e suporte para o desenvolvimento sustentável", afirma Victor Fernandes, diretor de Ciência e Tecnologia da Natura. "Um dos resultados será disseminação de conhecimento taxonômico sobre espécies de plantas brasileiras, fundamental para estudos dabiodiversidade, que ficará disponível para acesso de toda a comunidade científica em qualquer instituição de pesquisa e ensino do país, via internet". 

A empresa é parceira do Jardim Botânico desde 1998, e neste período já patrocinou outros importantes projetos da instituição, tais como a manutenção, conservação, pesquisa e difusão da Coleção Plantas Medicinais, o Banco de DNA de espécies da Flora Brasileira e a Trilha

Histórica, em comemoração aos 200 anos do JBRJ.
"O Royal Botanic Gardens, Kew tem trabalhado por muitos anos para tornar nosso importante material de referência sobre plantas brasileiras mais acessível àqueles que possam usá-lo no Brasil. Promovemos visitas de estudos de botânicos brasileiros a Kew e repatriamento de informações de Kew para o Brasil, com apoio financeiro do Reino Unido e de instituições internacionais. Estou especialmente entusiasmada com o programa Reflora, pois trata-se de uma grande oportunidade de realmente ampliar nossos esforços nessa área, a fim de que uma quantidade muito maior de informações guardadas em Kew torne-se acessível para aumentar a compreensão, a conservação e o uso sustentável da flora do Brasil, a mais importante do mundo", finaliza Eimear Nic Lughadha, da instituição inglesa.

fonte:



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Postado por @Museu2009 no Técnico em Museu - @museu2009 em 11/04/2011 09:07:00 AM

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

XI Encontro Nacional de História Oral - 2012

Prezados colegas,

Temos o prazer de convidar a todos para participar do XI Encontro Nacional de História Oral que ocorrerá de 10 a 13 de julho de 2012, no IFCS/IH, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O site do Encontro, com as informações iniciais do evento, está no endereço


Convidamos a todos os que trabalham com a metodologia de história oral, em suas múltiplas e variadas formas, a consultarem o site do evento e se programarem para fazer suas inscrições.

Maria Paula Araujo
Presidente da ABHO

Jornada Pelos Museus da Cidade de Itu

Em comemoração ao Dia da Cultura, data celebrada no calendário brasileiro em 5 de novembro, natalício de Rui Barbosa, o Fórum Permanente de Museus de Itu, que congrega os museus da cidade, realizará uma Jornada pelos Museus da cidade.
O objetivo é abrir espaço dos museus para quem ainda não os conhece, para visitar novas exposições, e comemorar a data da cultura na cidade, na manhã do domingo.
O percurso será acompanhado pelo Guia de Turismo da Secretaria Municipal de Turismo, Fábio Grisoto.
Programação
Dia 06 de novembro, domingo
9h45 – encontro com o Guia de Turismo em frente ao Museu Republicano, na rua Barão de Itaim
10h – visita ao Museu Republicano Convenção de Itu
10h30 – visita ao Museu da Energia de Itu
11h – visita ao Espaço Cultural Almeida Jr.
11h30 – visita ao Museu da Música – Itu
12h - encerramento com a participação da direção da Protur – Itu.
O evento conta com apoio do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, da Fundação de Saneamento e Energia de São Paulo, do Instituto Cultural de Itu, da Prótur e das Secretarias Municipal de Cultura e de Turismo de Itu.

II Encontro Nacional de Gestores de Jardins Históricos no Rio de Janeiro

Entre os dias 9 e 11 de novembro, gestores do patrimônio cultural de todo o país estarão reunidos no II Encontro Nacional de Gestores de Jardins Históricos que será realizado em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. O diretor do Departamento de Patrimônio Material – Depam do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Andrey Rosenthal Sclee, estará na mesa de abertura do Encontro, às 15h, no Teatro Barão de Nova Friburgo, do Nova Friburgo Country Club.
O evento é promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa, Fundação Museu Mariano Procópio – Mapro e Iphan, em parceria com o Nova Friburgo Country Club, Escola de Belas Artes e Grupo de Pesquisa Histórica do Paisagismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com o apoio da Secretaria de Cultura de Nova Friburgo. Além de palestras abordando questões proteção e preservação de sítios históricos, estão programadas mesas redondas abertas à população.
As inscrições podem ser feitas pelo e-mail jardinshistoricos@yahoo.com.br.

Exposição MicroWorld em Franco da Rocha

A Exposição Expo MicroWorld, em Franco da Rocha, no dia 19 de novembro de 2011. Dás 9:00 as 20:00 horas. Entrada Grátis. Com várias atrações, a História dos Computadores, a História dos VideoGames, e Steve Jobs "in Memoriam", com vídeos games de ultima geração e aproveitar para comprar o seu para o natal dos seu filho..
Ver ou comentar a postagem de Jose carlos Valle »

Mensagem da Casa da Memória de Cajamar

Olá queridos!!!

Parabéns pela criação desta ferramenta!

Devido a política de utilização da internet no Paço Municipal (o Museu está dentro das dependências da prefeitura), não conseguimos fazer login no blog, assim que nos liberarem, faremos divulgações das atividades, notícias... Podemos agitar esse blog postando o nosso dia-a-dia, igual o facebook!! rsrsrs...

Beijão a todos!!


Keila S. Souza
Coord. Casa da Memória
Clique e conheça e o Museu Municipal Casa da Memória

Praça José Rodrigues do Nascimento, 30
Centro - Cajamar - SP - 07750-000
(11) 4446-7699 | ramal 7553

casadamemoriacaj@hotmail.com

Edital de Apoio à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional - Inscrições Abertas

Edital de Apoio à Pesquisa – FBN

Inscrições abertas até 23 de novembro. Participe!
Estão abertas as inscrições para o edital – Apoio à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional –, que selecionará projetos de pesquisa de promoção e preservação da memória nacional . As inscrições podem ser feitas na página eletrônica da FBN até 23 de novembro.
Edital de Apoio à Pesquisa tem o objetivo de incentivar a produção de trabalhos originais desenvolvidos a partir de pesquisas no acervo da Biblioteca Nacional. Constitui-se na concessão de bolsas a pesquisadores vinculados a cursos de mestrado e doutorado, com desembolsos mensais no período de até um ano.
As pesquisas devem estar relacionadas às áreas das Artes, Biblioteconomia, Ciências Sociais, Comunicação, Design, Educação, Filosofia, História, Literatura (incluindo tradução de obras brasileiras no exterior) e Música.
As bolsas serão divididas em duas categorias. A de mestres ou mestrandos (alunos regulares de curso de mestrado reconhecido pela Capes) no valor de R$ 20,4 mil divididos em 12 parcelas de R$ 1,7 mil. E a de doutor ou doutorandos (candidatos matriculados em curso de doutorado reconhecido pela Capes) no valor de R$ 26,4 mil em 12 parcelas de R$ 2,2 mil.

‘O Canto dos Escravos’ está de volta, em CD

‘O Canto dos Escravos’ está de volta, em CD

O trabalho, original de 1982, reúne Clementina de Jesus, Geraldo Filme e Tia Doca, que interpretam cantigas ancestrais dos negros benguelas, de São João da Chapada, em Diamantina, Minas Gerais .

Um dos títulos mais importantes e corajosos da fonografia brasileira acaba de chegar, 21 anos depois do lançamento em elepê, ao formato digital. Trata-se de O Canto dos Escravos (dentro da série Memória Eldorado), coleção de 14 cantos da série recolhida por Aires da Mata Machado Filho no fim dos anos 20 do século passado, em São João da Chapada, município de Diamantina, Minas Gerais. Interpretando os cantos, Tia Doca, pastora da Velha Guarda da Portela, Geraldo Filme, um dos nomes fundamentais do samba paulistano, e Clementina de Jesus, a rainha negra da voz, como a definiram Moacyr Luz e Aldir Blanc.
O projeto do disco e a coordenação artística são de Aluísio Falcão, colaborador do Caderno 2, e a direção musical e produção ficaram a cargo de Marcus Vinicius de Andrade, hoje diretor artístico da gravadora CPC-Umes.
Marcus Pereira era um publicitário amante da música que criou o selo Ambos trabalharam, antes, no selo Marcus Pereira, que, pioneiramente, levou a cabo um levantamento sonoro da música da cultura popular de diversas regiões do Brasil – trabalho, aliás, que ainda não mereceu relançamento em CD à altura de sua importância. para dar brindes aos seus clientes, nos fins de ano. Aos poucos, abandou a rendosa publicidade, na qual era muito bem-sucedido, e ficou só com a gravadora, que viveu sempre grandes dificuldades financeiras. Problemas de distribuição, comum a todos os selos alternativos, projetos caros, como o citado mapeamento da cultura popular, com deslocamento de equipes e equipamento para praças distantes.
Não tinha preocupação comercial e tinha muita preocupação com a cultura. Os que se juntaram a ele tomaram o exemplo e, posteriormente, em outros selos, deram, de alguma forma, prosseguimento ao seu trabalho, eventualmente, ampliando-lhe o universo. A Eldorado tinha e tem, sim, orientação comercial, mas com extremo cuidado na seleção de seus títulos (Cartola, Nelson Sargento, Geraldo Filme, Adoniran Barbosa fizeram suas estréias em disco por ela), e sua iniciativa mais ousado terá sido esse O Canto dos Escravos, que há muitos anos estava fora de catálogo e era objeto de disputa entre colecionadores, estudiosos e amantes da cultura brasileira.
O filólogo, filósofo, professor de Filologia Românica da Universidade Federal e da Universidade Católica de Minas Gerais, historiador, jornalista, presidente, durante muito tempo, da Comissão Mineira do Folclore, foi um pioneiro em muitas frentes. Escreveu, nos anos 30, já que sofria de deficiência visual, uma Educação de Cegos no Brasil, e publicava, no jornal O Estado de Minas, uma coluna semanal com lições de ortografia e gramática, além de responder às dúvidas dos leitores.
Carlos Drummond de Andrade escreve-lhe uma homenagem em forma de poema, louvando o “mineiro ladino/ Que captou na fala do povo/ No mistério dos ritos/ no arco-íris das serras/ O ar, a alma de Minas”.
Em férias, em 1929, o filólogo viajou para São João da Chapada, onde lhe chamaram a atenção “umas cantigas em língua africana ouvidas outrora nos serviços de mineração”, conforme descreveu no livro O Negro e o Garimpo em Minas Gerais, obra publicada em 1943 pela editora José Olympio.
Vissungos – Tais cantos são chamados vissungos, palavra que vem do umbundo ovisungo (cantiga, cântico), conforme ensina Nei Lopes em seu Dicionário Banto do Brasil. Já era plano de Aires da Mata Machado recolher os vissungos e reunir o vocabulário e a gramática da língua dos negros benguelas. Teve pouco êxito na primeira investida; na
segunda, ele e seu colaborador Araújo Sobrinho ouviram de um Seu Tameirão 200 palavras e algumas cantigas; adiante, surgiram outros cantadores que sabiam letra, música e tradução.
Mata Machado sustenta a importância dos vissungos, sua influência nos começos daquelearraial e mais “os vestígios da língua das cantigas na linguagem corrente, na onomástica e na toponímia” – os vestígios de um um dialeto banto num tempo em que se pensava que a língua dos negros trazidos como escravos para o Brasil resumia-se ao nagô.
Ele defendia que os estudos da dialetologia brasileira e questões que dissessem respeito à etnografia seriam sempre provisórios se não fosse considerada a importância de Minas Gerais – e o tempo encarregou-se de mostrar seu acerto. O texto de introdução de O Negro e o Garimpo em Minas Gerais vai reproduzido no CD; o autor autorizou essa reprodução e a gravação de 14 dos 65 cantos que recolheu e partiturou. Autorizou, ainda, a reprodução das notas que, no livro, acompanham as letras dos cantos, traduções do dialeto dos benguelas e observações sobre o sentido dos textos. O dialeto, já modificado, incorporava palavras em português e misturava as duas falas: “São João foi no céu, é dévera/ São João foi no céu, é mentira/ Omenhá, omenhá rossequê”, canta a voz ancestral de Clementina de Jesus, nascida em Valença, no Estado do Rio, mas de família que migrou de Minas, no Canto XII. Os cantos não têm títulos, são numerados.
O disco, de uma beleza crua, não tem instrumentos harmônicos. Acompanham os três cantores a percussão de troncos, xequerês, enxadas, cabaças, atabaques, agogôs, ganzás, caxixis e afoxés tocados por Djalma Corrêa, Papete e Don Bira.

Os intérpretes são figuras de sabida importância na divulgação e sustentação da cultura brasileira de origem africana. Geraldo Filme, grande compositor, cantor de vozeirão profundo, foi, na definição de Osvaldinho da Cuíca, o grande articulador, a “cabeça pensante” do samba paulistano. Tia Doca, nascida Jilçaria Cruz Costa, manteve por décadas um pagode dominical que ajudou a manter vivo o samba de raiz carioca; sua participação no disco foi sugerida por Clementina de Jesus, que foi revelada ao mundo aos 64 anos, depois de ouvida, num botequim da Lapa, centro do Rio, por Hermínio Bello de Carvalho.

Paulo Eduardo Neves


Encontro com Educadores do Memorial da Resistência em Novembro